Selecionado em edital de ocupação artística, jornalista Wir Caetano vai expor na ALMG fotos feitas no quintal de sua casa em vias urbanas
Imagens resultantes do registro fotográfico quase diário de miudezas captadas no quintal da própria casa e, eventualmente, em espaços públicos, desde 2012. Assim é a exposição fotográfica intitulada “Fragmento de Lugar”, que o jornalista Wir Caetano, 56 anos, de João Monlevade, vai realizar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, no período de 5 a 23 de setembro. Ele foi um dos selecionados no edital para ocupação da galeria de arte da ALMG neste ano.
Wir Caetano leva para a arte da fotografia sua experiência poética, construída na literatura e na música – ele é autor dos livros “Paixões e Atrofias” (poemas, 1982) e “Morte Porca” (ficção, 2002) e letrista de canções em parceria com músicos de BH, cidade onde viveu por 20 anos, até 2004, quando voltou a morar em Monlevade.
O texto de Caetano para apresentar o ensaio fotográfico demonstra esse lastro poético, como se vê neste trecho: “um jardim ou quintal é como um corpo: coisas acontecem dentro. Mesmo doméstico, um jardim ou quintal é como um corpo: doméstico, mas não de todo domesticado. Coisas acontecem dentro: como um corpo”.
“Fragmento de lugar”, que reúne 19 (dezenove) fotos, é mais do que uma viagem por um quintal e uma ou outra via urbana. O autor comenta: “ao optar pelo fragmento, pelo detalhe, esse ensaio torna difusa, imprecisa, a ideia de ‘lugar’”.
Wir Caetano mantém na internet um blog onde sua produção fotográfica pode ser conferida: http://meujardimquintal.wordpress.com. Ele publica suas fotos diariamente também nas redes sociais Facebook e Instagram.
A exposição “Fragmento de Lugar” irá dividir o espaço da galeria da ALMG com o trabalho fotográfico da jornalista belo-horizontina Tahiana Máximo, que explora a relação do humano com a água.