Estado promete investir R$ 5 milhões na restauração de seis bens culturais
Telhados prestes a vir abaixo, paredes tomadas por infiltrações, ornamentos em madeira atacados por cupins e fachadas deterioradas de edificações históricas ganharão sobrevida em Minas Gerais. Entregues ao abandono nas últimas décadas, bens culturais da preciosa coleção do Estado começam a ser restaurados.
Os reparos contemplam estruturas físicas, elementos artísticos, pinturas e imagens sacras. O investimento anunciado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) é de R$ 5 milhões em seis obras. Até o momento, três intervenções foram iniciadas: nos postes antigos da Praça da Liberdade (Belo Horizonte), na Fazenda Boa Esperança (Belo Vale) e no Centro Histórico de Brumal (Santa Bárbara).
No distrito de Santa Bárbara, serão recuperadas as fachadas de 18 imóveis dos séculos 18 e 19. A praça Santo Amaro, a capela do Senhor dos Passos e uma imagem sacra também passarão por reforma, que totalizam R$ 660 mil.
Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Santa Bárbara, Talles Araújo Carneiro, em 2013 foi constatada irregularidade em uma obra de uma mineradora da região. Termo de compromisso foi firmado para que houvesse investimento no patrimônio local. "As casas são inspiradas no barroco. São conjuntos muito importantes, principalmente a capela", diz Talles Carneiro. Para ele, a restauração "vai enriquecer o roteiro turístico".
Em Belo Vale, está sendo analisada a forma de utilização da Fazenda Boa Esperança após o término das intervenções. O imóvel, que já recebeu novo telhado e tratamento especial contra cupins, deverá ser um espaço para aulas de educação patrimonial e seminários, dentre outras atividades. A fachada e a capela do imóvel aguardam intervenções. (Hoje em Dia).