As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, cresceram 0,4% em Minas Gerais na passagem de novembro para dezembro. Com esse resultado, o setor fechou 2024 com uma expansão de 1,9% no estado, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) publicada hoje (13) pelo IBGE.
Em dezembro, o desempenho do varejo ampliado em Minas foi melhor do que a média nacional: no Brasil, as vendas no setor caíram 1,1% no período analisado. No acumulado de 2024, porém, o varejo ampliado cresceu 4,1% no país – bem acima do verificado no estado (1,9%).
“O resultado mais fraco ao longo de 2024 pode ser explicado, principalmente, pelos segmentos de combustíveis e atacado de alimentos. Nestes setores, as vendas recuaram mais em Minas do que na média nacional, impactadas também pela inflação elevada”, explica Heliezer Jacob, economista do C6 Bank.
As vendas de combustíveis e lubrificantes tiveram queda de 8,2% em Minas em 2024, de acordo com o IBGE. No país, o recuo foi bem menor, de 1,5%. Já as vendas no atacado de alimentos caíram 14,9% no estado e 7,1% na média do Brasil.
Cenário nacional
Apesar da queda em dezembro, o varejo brasileiro se mostrou bastante resiliente ao longo de 2024, colaborando para a expansão do PIB. Para 2025, no entanto, o C6 Bank espera uma desaceleração no setor, com crescimento de 0,9% nas vendas do varejo ampliado.
“O dado negativo de hoje se soma aos números da indústria e dos serviços, que também mostraram queda em dezembro, e reforça que a atividade econômica do país desacelerou no último trimestre de 2024, ainda que de forma menos intensa do que esperávamos”, completa Jacob.
O banco projeta expansão de 0,4% no PIB do quarto trimestre do país em relação ao anterior. Para 2025 e 2026, a expectativa de crescimento para o PIB nacional é de 2% e 1% no PIB, respectivamente.