Com 5.767 óbitos por covid-19 em março, o estado de Minas Gerais vive o pior momento da pandemia. Os números representam aumento de 64,5% em relação a fevereiro. A informação é do secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, que atribuiu a alta disseminação do vírus à circulação de novas cepas, como as variantes de Manaus e do Reino Unido.
“É um cenário nunca antes vivido pelo estado. É o pior momento da pandemia, muito vinculado às novas cepas que vêm circulando no estado. E, diante disso, foi determinante a implementação da Onda Roxa”, afirmou Baccheretti, durante entrevista coletiva na tarde dessa quarta-feira (31), em Belo Horizonte.
Atualmente, 13 das 14 macrorregiões do estado estão na chamada Onda Roxa, a mais restritiva do plano de combate à doença, o que abrange 815 dos 583 municípios mineiros. Na Onda Roxa, é vedado o funcionamento de uma série de estabelecimentos comerciais e vigora o toque de recolher noturno. Apenas serviços essenciais podem abrir.
De acordo com o secretário, o crescimento da doença é muito maior do que a capacidade de abrir novos leitos hospitalares, tanto por causa da escassez de recursos humanos quanto da falta de insumos médicos.
“Nossa ocupação de leito hospitalar está cada vez mais próxima de 100%. CTI [centro de terapia intensiva] continua sendo o nosso ponto mais sensível. É muito difícil abrir leito de terapia intensiva no estado, mas a gente vem se esforçando”, afirmou Baccheretti
Nas últimas 24 horas, Minas Gerais confirmou mais 12.020 casos de covifd-19 e 417 óbitos pela doença. A covid-19 já matou 24.332 pessoas no estado. Os casos confirmados, desde o início da pandemia, somam 1.123.913, com pouco mais de 1 milhão de pacientes recuperados.