A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informouque poderá haver atraso na produção da vacina contra a covid-19 causado pela falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) que vem da China. Em nota divulgada nesta terça-feira (19), a Fiocruz explicou que ainda aguarda a confirmação do insumo-base para a fabricação das vacinas.
"Embora ainda dentro do prazo contratual em janeiro, a não confirmação até a presente data de envio do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) poderá ter impacto sobre o cronograma de produção inicialmente previsto de liberação dos primeiros lotes entre 8 e 12 de fevereiro", informou a Fiocruz.
Segundo a fundação, o cronograma de produção será detalhado assim que a data de chegada do insumo estiver confirmada. "Ainda que sejam necessários ajustes no início do cronograma de produção inicialmente pactuado, a Fiocruz segue com o compromisso de entregar 50 milhões de doses até abril deste ano, 100,4 milhões até julho e mais 110 milhões ao longo do segundo semestre, totalizando 210,4 milhões de vacinas em 2021", diz a nota.
A Fiocruz produz a vacina em conjunto com a AstraZeneca.
Butantan pede negociação com a China
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, cobrou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tenha dignidade para defender a vacina CoronaVac.
A CoronaVac foi desenvolvida pelo instituto, que é ligado ao governo de São Paulo, em parceria com o laboratório chinês Sinovac. As doses da vacina começaram a ser aplicadas neste domingo (17), logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar seu uso emergencial.
Ele também cobrou agilidade do Itamaraty para viabilizar a vinda de matéria-prima da China para dar continuidade à produção do imunizante contra a Covid-19 — o único sendo aplicado até o momento na população do país.
A declaração foi dada na manhã desta terça (19) em um evento no interior de São Paulo.