Saúde

14/12/2020 Romeu Zema detalha Plano de Vacinação em Minas Gerais

O governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, apresentaram, nesta segunda-feira (14), os detalhes do Plano Estadual de Vacinação para a covid-19 em Minas Gerais. Os anúncios foram feitos em coletiva à imprensa, na Cidade Administrativa, quando foram esclarecidos os próximos passos do governo referentes à imunização.

Embora ainda não haja autorização para compra e venda de vacinas no Brasil, o Plano de Contingenciamento para Vacinação contra a Covid-19, elaborado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), está em execução há três meses. Neste preparo, o Estado adquiriu 50 milhões de seringas agulhadas e 671 câmaras refrigeradas para armazenamento dos imunizantes, que atenderão a 462 municípios, inicialmente.

Neste contexto, o governador citou a importância de a vacinação acontecer simultaneamente em nível nacional, de acordo com os parâmetros do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. Até o momento, nenhuma empresa desenvolvedora da vacina no mundo solicitou pedido de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), passo necessário para que o processo de compra e venda de quaisquer vacinas possa ser iniciado em todo o território nacional.

“Só com o registro é que a vacina poderá ser disponibilizada. E toda essa disponibilidade vai ter prioridade federal. Por isso, estamos alinhados com o governo federal. O certo é que todo brasileiro, incluindo os mineiros, tenha acesso à vacina. Se uma vacina que ainda não foi homologada pela Anvisa vier a ser homologada, ela vai ser distribuída nacionalmente, inclusive para Minas Gerais”, disse o governador.

Prevenção

Como forma preventiva à aquisição e distribuição das doses, o Plano de Contingenciamento para Vacinação em Minas Gerais dispõe de um mapeamento das ofertas de vacinas a serem disponibilizadas no país.

“Temos todas as vacinas mapeadas, fornecedores também, e temos recursos, caso seja necessário. O povo mineiro não vai ficar sem vacina, isso tem que ficar claro. Nós temos planos B, C, D, E e F para o povo mineiro, caso haja necessidade. Temos gente competente e comprometida trabalhando”, completou o governador.

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, reforçou que a logística da SES-MG também leva em conta uma vacinação gradual durante o ano de 2021 e, provavelmente, até 2022 — e não em uma data única.

“Não existe um único dia de vacinação. Pela magnitude da vacinação, para chegar no maior número da população, ela vai começar em um período, com determinados grupos prioritários de início, como uma vacinação prolongada. Nós provavelmente teremos o ano de 2021 inteiro de vacinação, rodando de grupos em grupos e, quiçá, até em 2022. Nesse momento, toda a indústria estará produzindo vacinas. Então, vamos recebendo vacinas e vacinando a sociedade”, explicou o secretário.

Resultados

Sem relaxar nas medidas de prevenção e combate à covid-19, o Governo de Minas segue como o estado com a menor taxa de mortalidade da doença no Brasil — 50 óbitos por 100 mil habitantes. Um resultado possível devido a uma série de medidas tomadas com antecedência, como a ampliação de leitos de UTI (de 2.072 em fevereiro para 3.920 atualmente), a distribuição de 1.047 respiradores aos municípios e o investimento de R$ 2,2 bilhões no combate à pandemia, sendo R$ 1,8 bilhão repassados aos hospitais que atendem a rede estadual de saúde.

Alertas

Mesmo com os bons resultados, o governo segue orientando a população mineira em relação aos cuidados a serem mantidos para controle da covid-19, em atenção aos índices de transmissão da doença. Para as festas de fim de ano, o secretário de Estado de Saúde orienta a população a seguir as deliberações do plano Minas Consciente, que acompanha os diferentes indicadores da pandemia em cada região do estado, voltado para a retomada gradual e segura das atividades econômicas.

“Para a região que estiver na onda vermelha ou amarela do Minas Consciente, a recomendação é não aglomerar. É fundamental lembrar que aglomerar famílias grandes, com idosos principalmente, também é aglomeração. Isso não quer dizer que o Natal e o Réveillon não possam ser comemorados, só que não deve haver reunião grande de pessoas”, disse o secretário.

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