Polícia

13/03/2017 Mulher é presa em Monlevade suspeita de aplicar golpes usando aplicativo de relacionamento

A Polícia Civil prendeu uma mulher de 30 anos suspeita de aplicar golpes usando um aplicativo de relacionamento. Ela foi apresentada nesta segunda-feira (13) no Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, em Belo Horizonte. A prisão foi feita na última quinta-feira (9) em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais.

De acordo com a delegada Renata Ribeiro Fagundes, a criminosa se passava por homem e ora por mulher, usando fotos de terceiros à procura de falsos relacionamentos com mulheres. Renata explicou que pelos menos quatro vítimas caíram no golpe. Uma delas perdeu R$ 30 mil. As investigações duraram cerca de três meses.

A polícia disse que a suspeita mantinha conversas virtuais e fingia ser piloto de avião de uma companhia europeia. Ela, se passando por homem, dizia ter sofrido um acidente naquele continente e que precisava voltar ao Brasil para receber uma indenização de 80 mil euros, mas como estava sem trabalhar, não tinha dinheiro.

Ela ganhava a confiança das mulheres e pedia dinheiro emprestado. Comovidas, as vítimas faziam depósito diretamente na conta da suspeita. Em outros casos, a suspeita de estelionato dizia que a mãe estava doente e pedia dinheiro para o tratamento. Depois falava da morte e pedia dinheiro para o funeral.

A delegada falou que as vítimas têm curso superior e que são das classes média e média alta. As quatro vítimas são todas de Minas Gerais – três da capital mineira e uma do interior. A cidade não foi revelada.

A suspeita desempenhava vários “papéis” e se passava por outras pessoas, como a irmã e a amiga do homem que mantinha o relacionamento virtual. A criminosa também chegou a apresentar a família dela a uma das vítimas. A polícia investiga agora se algum parente está envolvido na fraude.

Ainda segundo a delegada, os nomes usados pela suspeita no aplicativo Tinder foram Pierre, Bernardo, Thiago e Virgínia. Ela foi indiciada por estelionato e se condenada pode pegar de um a cinco anos de cadeia.

A polícia contou que a criminosa aplicava os golpes pelo menos desde 2015 e que mais de R$ 50 mil foram depositados na conta dela.

A delegada explicou que foi a João Monlevade e que descobriu que a criminosa fazia festas, se hospedava em hotéis de luxo e que frequentava bons restaurantes, mas que não tinha nenhuma atividade profissional formal que justificasse esse padrão de vida.

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