Ações específicas para evitar roubos e furtos foram destacadas em reunião na Câmara Municipal
A Polícia Militar já tem estratégia elaborada para o final de ano em João Monlevade. A afirmação foi feita pelo comandante da 17ª Cia. de Polícia Militar Independente, major Jayme Alves Silva, durante reunião na Câmara Municipal, no último dia 18. O encontro, solicitado pelo vereador Guilherme Nasser (PSDB) teve a presença da delegada regional de Polícia Civil, Ângela Furtado Braga, do representante da Câmera de Dirigentes Lojistas de João Monlevade (CDL-JM), Raimundo Mota; do presidente do Conselho Municipal de Políticas Públicas sobre Drogas, Hamilton Siqueira; do presidente do Conselho de Segurança Pública (Consep), Saulo Amaral; do presidente da Associação Comercial e Industrial de João Monlevade (Acimon), Carlos Arthuzo, além de representantes da sociedade civil. Entre os vereadores presentes estavam o presidente da Câmara, Djalma Bastos (PSD), Carlos Gomes (PTB), Fabrício Lopes (PMDB), Sinval Dias (PSDB) e Leles Pontes (PRB).
Conforme destacado pelo major, a Polícia Militar conta com serviço de inteligência, que já monitora os crimes reincidentes, bem como seus autores. “Além disto, já temos o reforço do efetivo por meio do quadro administrativo, e ainda criamos um grupo de 18 militares que vão fazer parte do Tático Móvel. Conseguimos uma Pajero e uma Blazer em Belo Horizonte, além de quatro motocicletas. Esta equipe irá atuar exclusivamente em crimes considerados violentos”, destacou o comandante. Outro diferencial da PM, que já está em vigor, são policiais à paisana. “Estamos colocando mais militares a pé nas ruas, alguns fardados e outros não. Isto para dificultar a identificação por parte dos bandidos que tendem a se esconder quando avistam o militar. Quando o policial não está com farda, não tem como tomar esta atitude”, justificou major Jayme.
Ainda durante a reunião, major Jayme destacou que todo o trabalho de planejamento feito pela Polícia Militar surte resultado. “O crime foi para as áreas educacionais, e colocamos equipes específicas para patrulhar próximo às universidades. Sabemos que os crimes acontecem entre 17h e 23h e é pulverizado. O bairro República começou a ter problemas e direcionamos o efeito”, exemplificou. Falando novamente sobre o comércio, o major solicitou que os representantes dos comerciantes informem à PM sobre os horários de funcionamento no final do ano. “Há também as medidas auto-protetivas, como descer as portas de ferro e evitar deixar vitrines expostas com vidraça após o horário comercial e observar horário de funcionamento dos comércios vizinhos, para evitar ficar aberto sozinho”, disse.
Olho Vivo também é discutido
A alternativa ao projeto ‘Olho Vivo’, ação esta encabeçada pelos vereadores Guilherme Nasser e Leles Pontes, também foi abordada. Segundo o comandante, o empecilho é o valor para a manutenção do sistema. A afirmativa foi endossada por Guilherme. “Infelizmente o governo municipal acaba sobrecarregado com custeio de segurança pública, que é um dever do governo estadual. Mais do que custear a implantação do sistema, precisamos encontrar formas de mantê-lo em funcionamento”, declarou Guilherme. Major Jayme justificou ainda que se houvesse verba parlamentar por meio do Poder Público Estadual, a equipe operacional da PM sairia de Belo Horizonte para implantar o sistema em Monlevade. “Me incomoda este investimento absurdo, se conhecemos o monitoramento de câmeras caseiro, implantado em outras cidades por meio das câmeras de comércio, e que surte resultado”, disse.
Outro empecilho para executar a proposta é que o serviço de internet existente em Monlevade não comporta esta ação. “Esbarramos na questão técnica da internet para capturar as imagens das câmeras e enviar ao monitor existente na sede da PM. Buscar solução é a missão do subcomandante, capitão Conrado. Travamos na internet mas não vamos desanimar. Na cidade de Iapu, o sistema caseiro ficou em R$30 mil. Temos que conseguir colocar em João Monlevade”, declarou.
Polícia Civil sob novo comando
A delegada Ângela Braga anunciou durante a audiência que deixará João Monlevade, por problemas pessoais. “Quem assumirá o cargo será o delegado Alberto Gomes Vieira, de Alvinópolis”, anunciou. A delegada ainda agradeceu os três meses que passou na cidade, afirmando estar satisfeita por contribuir para a descentralização do Consep. “Outra conquista foi nosso empenho em parceria com a Câmara Municipal para a implantação do Posto de Identificação, totalmente custeado pelo Legislativo. Quero aqui agradecer aos vereadores e servidores por mais esta parceria. Sabemos que segurança pública é dever do estado, mas se não houvesse o apoio das prefeituras, câmaras municipais e iniciativa privada, nosso trabalho seria ainda mais difícil”, citou a delegada.
Plano de ação
Os presentes sugeriram outras ações para a questão da segurança pública. Guilherme Nasser comprometeu-se a levar a discussão adiante. “Quero desde já parabenizar as polícias Militar e Civil, pelo trabalho constante, ainda que com dificuldades. A Câmara está à disposição e eu, bem como todos os vereadores vamos tentar sempre buscar recursos. Os encaminhamentos são importantes e vamos direcioná-los aos responsáveis”, destacou. Os vereadores presentes também reforçaram a importância do diálogo e a disposição do Poder Legislativo em auxiliar no que for possível.