A pequena Ana Clara Gonçalves, de cinco anos, pode ter sido enterrada viva, aponta laudo pericial sobre a causa da morte da criança. O corpo apresentava sinais de asfixia mecânica. Além disso, porções de terra foram encontrados nos pulmões da criança. A Polícia Civil diz que as investigações sobre a morte de Ana Clara continuam e o inquérito deverá ser concluído em breve.
O corpo da menina foi encontrado na sexta-feira (18) em uma plantação de eucaliptos na BR-494. Ana Clara desapareceu em 12 de novembro em Carmo da Mata, região Centro-Oeste de Minas. A Polícia Civil chegou ao local depois do padrasto da garotinha, Alex Júnior Alexandre, de 27, ter indicado o ponto exato onde ela estava enterrada. Ao chegar ao local, os investigadores encontraram a terra fofa e mexida.
Suspeito do crime, o padrasto alegou aos policiais que a vítima bateu a cabeça de forma acidental e não teria resistido ao ferimento. O homem deu várias versões sobre o local em que a menina teria se ferido, sendo que, em uma delas, disse que o acidente teria ocorrido em casa.
As pessoas ouvidas pela Polícia Civil relataram que o padrasto mantinha boa relação com a garota. Não foram relatadas agressões anteriores à vítima.
O homem está preso temporariamente no presídio de Oliveira desde o último sábado (12), quando as câmeras de monitoramento localizadas a 30 metros da casa da família apontaram que Ana Clara não deixou a residência a pé. Isso reforça a tese de que Ana Clara teria saído do local de carro e o único veículo a deixar a residência era dirigido pelo padrasto, o que reforçou a suspeição sobre ele.
A última vez em que Ana Clara foi vista foi no sábado (12), quando a mãe da criança, Marciana Pereira da Cruz, de 23, proibiu a menina de ir à casa de uma amiguinha. O celular da mãe foi apreendido para ser periciado.
Casada a dois anos com Viana e com um filho dele de 8 meses, Marciana se manteve reservada ao ser questionada pela reportagem sobre possíveis brigas e agressões sofridas pelo companheiro.
Em relação a suspeita de envolvimento do marido no desaparecimento da criança, Marciana limitou-se a dizer que “ninguém conhece ninguém de verdade”.
O Tempo