Polícia

04/10/2016 Adolescentes espancam garota por 4 horas e filmam a agressão

Uma pequena cidade de Goiás, próxima a capital Goiânia, está chocada com tamanha crueldade de um crime. Quatro adolescentes torturaram por quatro horas uma menina por ciúmes. Elas amarraram, chutaram e bateram com um facão na outra adolescente. 

As quatro adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos, foram apreendidas suspeitas de cometer o ato infracional. O caso foi filmado por uma das autoras. Todas as envolvidas se conhecem e estudam na mesma escola.

Intenção era matar

A menina foi atraída para a casa de uma das suspeitas na última quinta-feira (29) sob o pretexto de que haveria uma festa no local. Ao chegar, ela foi esfaqueada e agredida com pedaço de pau e um facão em uma sessão de tortura que durou quase 4 horas.

Até mesmo uma cova foi feita no quintal da casa para que a menina fosse sepultada. “Elas começaram a me bater, me amarraram, me mostraram onde eu iria ser enterrada. Nisso, me deram uma facada e me colocaram na cova. Pensava só que eu ia morrer", contou a vítima.

Motivo do crime

Segundo a delegada Renata Vieira, responsável pelo caso, a vítima estava contando com a ajuda do ex-namorado de uma das suspeitas para organizar sua festa de 15 anos. O fato teria provocado ciúmes e culminado com a tortura.

Internação

O grupo foi apreendido e apresentado ao Poder Judiciário. O Ministério Público representou pela internação, que foi aceita pela juíza Karine Spinelli. "É assustador. Realmente eu ainda não tinha me deparado com uma situação dessa. E a gente observa a frieza nas confissões e a crueldade com que os atos foram praticados", afirmou.

Por enquanto, as garotas estão em uma cela isolada da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) à espera de vaga em algum Centro de Internação, onde devem ficar por pelo menos 45 dias. Esse é o prazo para o judiciário definir se elas devem ou não permanecer internadas.

A delegada disse que as menores serão indiciadas pelo ato infracional análogo aos crimes de tortura e tentativa de homicídio. Se condenadas, podem ficar no máximo três anos internadas.

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