Saúde

22/05/2016 Vacina contra zika será testada a partir de novembro

Desenvolvida em parceria com os Estados Unidos, vacina deve ser aplicada em humanos a partir de 2017

A vacina contra o vírus zika estará disponível para os testes pré-clínicos (em primatas e camundongos) em novembro deste ano. A previsão foi anunciada pelo diretor do instituto, Pedro Vasconcelos, ao ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta sexta-feira (20), durante reunião em Brasília (DF).

O acordo internacional, resultado da parceria firmada entre o Instituto Evandro Chagas (PA), do Ministério da Saúde, e a Universidade Medical Branch do Texas, Estados Unidos, foi um passo importante para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus. A universidade norte-americana é um dos principais centros mundiais de pesquisas de arbovírus, especializado no desenvolvimento de vacinas - assim como o Instituto Evandro Chagas, referência mundial de excelência em pesquisas científicas. O estudo conta com um investimento de aproximadamente R$ 10 milhões do ministério da Saúde.

A vacina deverá ser administrada em dose única e utilizará o vírus Zika atenuado. Inicialmente, o público-alvo da imunização serão mulheres em idade fértil.

Microcefalia

O último Informe Epidemiológico de Microcefalia divulgado pelo Ministério da Saúde confirma 1.384 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita em todo o País. O boletim reúne as informações encaminhadas semanalmente pelas secretarias estaduais de saúde até o dia 14 de maio.

No total, foram notificados 7.534 casos suspeitos desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.332 permanecem em investigação. Outros 2.818 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia e ou malformações confirmadas por causa não infecciosas ou não se enquadrarem na definição de caso.

Os 1.384 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 499 municípios, localizados em 26 unidades da federação. Não existe registro de confirmação apenas no estado do Acre. Desses casos, 207 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. 

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