Educação

31/12/2015 Novo acordo ortográfico será obrigatório em 2016. Veja as mudanças

A vigência obrigatória do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa passa a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2016. A implementação estava prevista para 2013, mas o governo brasileiro adiou a medida para alinhar o cronograma com o de outros países lusófonos e dar prazo maior para a adaptação da população. O Acordo tem como objetivo unificar as regras do português escrito em todos os países que têm a língua portuguesa como idioma oficial. Confira a seguir quais serão as mudanças para os brasileiros:

Palavras terminadas em "ôo(s)" e verbos terminados em "êem" perdem o acento. Exemplos: voo, enjoo, creem, leem.

Vogal tônica do hiato formado com ditongo decrescente perde o acento agudo. Exemplos: feiura, Bocaiuva.

Ditongos abertos "éi" e "ói", em paroxítonas, perdem acento agudo. Exemplos: ideia, assembleia, joia, heroico

Algumas palavras homônimas perderam o acento diferencial. Exemplo: para (do verbo parar), pelo (substantivo), polo (substantivo). Exceção: continua o acento diferencial para os verbos "poder" (diferença entre passado e presente: 'Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje'), "pôr" (diferença com a preposição por: 'Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos'), "ter" e "vir" e seus compostos (acento na terceira pessoa do plural do presente do indicativo: Ele vem aqui; eles vêm aqui. Eles têm sede; ela tem sede).

Trema abolido. Exemplo: frequente, cinquenta, linguiça. A exceção fica com os derivados de nomes estrangeiros. Exemplo: Bündchen, Müller.

Palavras compostas com elemento de conexão perdem o hífen. Exemplos: dona de casa, mão de obra, dia a dia, passo a passo. No caso dos nomes de animais e plantas, o hífen permanece. Exemplo: mico-leão-dourado. Casos consagrados pelo uso também ainda têm o hífen. Exemplos: cor-de-rosa, pé-de-meia.

Palavras derivadas com prefixos dissílabos terminados em vogal: Possuem hífen se a palavra seguinte começar por "H" ou "vogal igual" à última do prefixo. Exemplos: anti-horário, micro-ondas, contra-ataque. Nos outros casos, não há hífen. Exemplos: antivírus, infraestrutura.

Se o segundo elemento das palavras com prefixos dissílabos terminados em vogal começar com "S" ou "R", deve-se duplicar a letra. Exemplo: minissaia, autorretrato.

Não há hífen nas palavras derivadas com o prefixo "co-". Exemplos: cofundador, coprodução. Se a primeira letra do segundo elemento começar com "R" ou "S", dobra-se a letra. Exemplo: corresponsável.

Palavras formadas com o advérbio "não" ficam separadas sem hífen. Exemplos: não fumante, não governamental.

 

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