Neste ano de 2015, quando a maioria dos brasileiros finalmente entendeu que a situação econômica do país é bem pra lá de crítica, até dia 30 de outubro, nossa dívida pública consumiu 939 bilhões de reais, ou para entender melhor o caos em que nos encontramos, cerca de 49,0% de todo o gasto do governo federal.
Esta montanha de recursos deve-se ao volume da dívida nacional, a qual finalizou setembro último com 3,8 trilhões de reais (dívida interna) e 561 bilhões de dólares (dívida externa). Se computarmos o valor do dólar a quatro reais concluímos que a dívida pública total já é superior a seis trilhões de reais, acima portanto, de nosso PIB.
No ano passado nosso PIB nominal (sem considerar inflação), foi de 5,521 trilhões de reais e estamos vivenciando uma séria recessão técnica que fará nosso PIB 2015 recuar no mínimo 3,2% e, dentre as grandes potências do mundo, nosso Brasil varonil é o único país que enfrenta recessão. Uma vergonhosa incompetência administrativa.
A meta de superávit primário (pagamento dos juros da dívida, para que ela pelo menos não cresça), virará déficit de 120 bilhões porque precisamos acertar as “pedaladas” para não quebrar nem o BNDES, nem o BB e nem a CEF.
O desemprego não para de crescer e atormenta a vida de milhões de brasileiros. Segundo o IBGE estima-se agora em 7,9% e, nos últimos doze meses, mais de 1,3 milhões de trabalhadores perderam seus empregos. Só no último outubro foram mais de 170 mil desempregados. Isso apenas na iniciativa privada porque as empresas públicas não demitiram ninguém. Pode isso? No Brasil não só pode como é lei, e a isso denomino indisciplina com dinheiro público. E, para nosso desassossego, ocorre em todas as esferas de poder.
Os preços do petróleo e seus derivados caem fortemente no mundo mas no Brasil os combustíveis não param de subir, como se estas coisas fossem dissociadas. Loucura não é? E a greve dos caminhoneiros foi paralisada na base da truculência, porrada e multas pesadas. Muito diferente das ações governamentais quando o protagonista da greve ou manifestação é o MST ou tantos outros baderneiros inveterados.
E o país, meus prezados, ainda não chegou ao fundo do poço. Por isso eu questiono: O impeachment de Dilma é golpe?
Não, não é! O impeachment desta senhora é inevitável, imprescindível e absolutamente urgente!
Confio no país e na sua capacidade de recuperação, mas, precisamos ter comando competente nas rédeas desta abençoada nação.
Oro para que esta transição ocorra de maneira pacífica e ordenada e clamo para que Lula pare de falar asneiras. Vista o pijama e saia de cena!
Curitiba, 21 de novembro de 2015.
João Antonio Pagliosa
Engenheiro Agrônomo