Opinião

07/08/2015 Sobre cortes na saúde

A sensação que fica à sociedade é que falta ao governo cortar na própria carne

Segundo a prefeitura as adequações (cortes) foram feitas de forma cautelosa para não comprometer o atendimento aos pacientes
Segundo a prefeitura as adequações (cortes) foram feitas de forma cautelosa para não comprometer o atendimento aos pacientes

Nesta semana muita gente foi pega de surpresa ao procurar atendimento médico para crianças no Pronto Atendimento (PA) de João Monlevade. Isto porque foram cortados do quadro de funcionários alguns pediatras. Médicos clínicos também tiveram a escala reduzida. Os profissionais, nos bastidores, afirmam a situação e alegam que os cortes foram determinados por conta da crise financeira e seria uma maneira encontrada pela administração para enxugar gastos.

 
O fato é que numa cidade onde há demandas históricas na saúde, não deixa de ser um contrassenso os cortes. Sobretudo após tantas promessas de maiores investimentos na área.
 
É certo que cortes num momento de arrocho financeiro são necessários para ajustar as contas públicas e fazer girar a roda da economia, mas o governo municipal, ao que parece não está se esforçando para poupar, principalmente, os mais carentes que sofrem na pele a penúria da falta de atendimento médico.
 
A sensação que fica à sociedade é que falta ao governo cortar na própria carne. Em vez da facada num setor tão crucial, bem que poderia, por exemplo, enxugar a máquina com a redução de cargos comissionados e até mesmo em salários – a exemplo do que ocorreu na cidade vizinha de Itabira. Outra providência seria um pacto nas três esferas — municipal, estadual e federal — para endurecer os mecanismos de controle e conter toda a dinheirama que escoa pelos ralos da corrupção. Quem sabe assim não sobrassem mais verbas para a saúde?
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