Pela terceira vez, moradores do Areia Preta organizaram manifestação
No jogo de empurra sobre de quem é a responsabilidade do reparo da cratera na avenida Getúlio Vargas, no bairro Areia Preta, quem vai acabar caindo no buraco são os moradores. Não demora muito para que o fragilizado terreno ceda ainda mais, antes mesmo de máquinas e operários chegarem para as obras.
A Prefeitura de João Monlevade adiantou: não tem dinheiro para o reparo que beira os R$ 4 milhões (e que com pechincha pode baixar R$ 1 milhão). Neste mesmo lado, a administração alega que tem procurado os governos estadual e federal para intermediar os recursos e também a ArcelorMital, já que a empresa seria uma das prejudicadas com a interrupção do trânsito no local.
No entanto, nesta semana, por meio da Assessoria de Comunicação, a ArcelorMital, informou que não recebeu nenhum pedido de ajuda oficial e que não há negociações entre a empresa e a administração pública para as obras de reparo.
A afirmação contradiz tudo o que a administração tem falado até agora e expõe ainda mais a falta de vontade política da atual gestão para sanar o problema. A pergunta que fica no ar é apenas uma: “como em quase dois anos a ArcelorMittal não foi procurada pela Prefeitura para discutir a questão?” Ao que parece, é a população sendo feita de boba mais uma vez. Enquanto isso, a administração prepara a Cavalgada da cidade ao custo de R$ 380 mil enquanto os pobres moradores do Areia Preta protestam, gritam, levantam cartazes e param o trânsito. Tudo em vão.