Opinião

22/05/2015 Como nos protegermos da crescente violência?

Falta políticas públicas adequadas na educação, saúde, cultura e esporte

A criminalidade tem ocupado espaço de destaque na mídia. Todos os dias somos bombardeados por notícias do crescente aumento da violência urbana. Vivemos num estado de permanente insegurança e pânico. Tornamo-nos escravos do nosso próprio medo. Temos a sensação de que a situação está totalmente fora de controle. João Monlevade, até pouco tempo, era referência de tranquilidade, mas recentemente tem ganhado destaque em relação à quantidade de roubos e assassinatos.

O número de mortes por violência urbana nos finais de semana e feriados tem aumentado com o passar do tempo. Para se ter uma ideia, em 2012, no período de janeiro a abril, quatro pessoas foram assassinadas em João Monlevade. Três anos depois, até o último dia 15 quando as estáticas estaduais foram divulgadas as execuções chegam a oito.

 Alguns dirão que as vítimas da criminalidade, na sua grande maioria, conviviam no mundo do crime ou da marginalidade consequente do consumo de drogas. Pode até ter algum cunho de verdade, mas não há como justificar esses índices da prática de violência contra vidas humanas.

O medo faz com que mudemos nossa rotina de vida. Tememos sair às ruas na noite, vivemos a paranoia de andarmos sempre de vidros fechados nos carros, desconfiamos de todos os que se aproximam da gente, enxergamos o perigo em tudo. A apreensão constante toma conta do nosso estado de espírito. Acabou a paz.

E o que fazer? Achar que apenas o aparato de enfrentamento policial vai resolver esta questão é um grande erro. A falta de políticas públicas adequadas na educação, saúde, cultura e esporte geram estes resultados catastróficos que são esfregados “nas caras de pau” dos governantes, que sempre, diante de tragédias se apressam em dizer que vão tomar providências, que com o tempo, percebemos que não acontecem.

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