Economia

04/09/2021 Confirmado caso de vaca louca em frigorífico de Belo Horizonte

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada e as exportações foram suspensas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou neste sábado (4/9) o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “mal da vaca louca”, em um frigorífico de Belo Horizonte. Segundo a pasta, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada e as exportações de carne bovina foram suspensas.

A suspeita veio à tona na quarta-feira (1) pelo portal Uol, mas o caso teria acontecido em junho e o animal já foi sacrificado. Segundo o sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, seria um caso atípico, em um animal com mais de 10 anos. Ele relatou que a suspeita foi informada aos frigoríficos que atuam na região pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Além do caso de BH, foi confirmado um outro em Nova Canaã do Norte (MT) e, segundo o ministério, ambos foram detectados durante a inspeção ante-mortem. O Mapa informou que, por questões de sigilo comercial, não informa o nome dos frigoríficos.

Esses dois casos são o quarto e quinto de EEB atípicos registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. A doença é considerada atípica quando é originada dentro do próprio organismo do bovino, normalmente em animais com idade mais avançada. Segundo a secretaria, o Brasil nunca registrou a ocorrência de casos de EEB clássica.

O comércio internacional de boi gordo na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, chegou a ser paralisado. O preço da arroba despencou 4%, chegando ao patamar de R$ 297,65/arroba.

Suspensão

No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. De acordo com a pasta, a medida, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.

A pasta esclarece que a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. "Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos", diz a nota.

Confira a nota do Ministério da Agricultura na íntegra:

"A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirma a ocorrência de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) - conhecida como o “mal da vaca louca” - em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).

Estes são o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica.

A EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal.
Os dois casos de EEB atípica - um em cada estabelecimento - foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais.

Após a confirmação, na data de 3/9/2021 em Alberta, o Brasil notificou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), conforme preveem as normas internacionais. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. A medida, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.

O Mapa esclarece que a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos.

(EM) 

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