O governador Fernando Pimentel, durante um evento no auditório JK, na Cidade Administrativa, nesta quarta-feira (9), afirmou que caso as usinas da Cemig sejam leiloadas, as contas de energia podem ficar até três vezes mais caras.
Em seu discurso, Fernando Pimentel ressaltou a luta do governo para manter a concessão do uso das usinas de Jaguara, São Simão e Miranda pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Na terça-feira, (8), o governador esteve, juntamente com o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, além de deputados estaduais e lideranças mineiras, em Brasília, para uma audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, responsável pelo processo que a Cemig move contra a União.
“Essas usinas, juntas, significam 50% da geração de energia da Cemig e nós estamos correndo o risco de perdê-las, porque o governo federal entendeu que não pode prorrogar o prazo da concessão para a Cemig. A União quer tomar as usinas e fazer um leilão. Isso vai ter um impacto terrível na economia mineira, porque não é só perder a operação das usinas que hoje a Cemig faz, é pior do que isso, pois o investidor que comprar vai ressarcir o custo na conta de luz. Então, esse preço vai ser repassado para a tarifa de energia elétrica que os mineiros e mineiras pagam, e que pode ficar três vezes mais cara”, afirmou.
A manutenção do leilão das Usinas de São Simão, Miranda e Jaguara no formato atual terá impacto direto no consumidor residencial, que passará a pagar R$ 140 por megawatt-hora. Hoje, o preço do megawatt-hora gira entre R$ 30 e R$ 40.
O julgamento do caso no STF está marcado para o dia 22 de agosto. “A gente tem esperança de paralisar esse processo de leilão e negociar com a União a permanência dessas usinas com a Cemig. É uma luta que hoje é de todos os mineiros”, finalizou.