Política

13/07/2017 Câmara de Coronel Fabriciano aprova moção de repúdio contra Fernando Pimentel

Vereadora responsabiliza o estado pela falta de gestão em segurança pública.

Em sessão ordinária realizada na noite desta terça-feira (11), a Câmara Municipal de Coronel Fabriciano aprovou por unanimidade uma Moção de Repúdio contra o governador Fernando Pimentel (PT). A autora da proposição, vereadora Carmem do Sinttrocel (PC do B), justificou dizendo que o governo estadual é o responsável pelas condições precárias de trabalho dos policiais militares, “principalmente nas cidades do interior”.

O debate começou após o minuto de silêncio em homenagem ao cabo PM, Marcos Marques da Silva (36), assassinado por criminosos durante ataques de uma quadrilha a duas agências bancárias em Santa Margarida, na Zona da Mata mineira, na manhã de segunda-feira (10). A vereadora foi solidária aos familiares do militar e recordou também da tragédia ocorrida em sua família com a morte de um de seus filhos baleado por um policial durante uma blitz, dia 4 de julho de 2014.

Desabafo

A vereadora Carmem do Sinttrocel cobrou os investimentos do governo para a segurança pública e lembrou que “a sociedade paga um preço muito alto”. A parlamentar destacou a precariedade de equipamentos no policiamento ostensivo da PM, quase sempre em condição inferior aos criminosos, além da necessidade de uma maior preparação psicológica para os militares. “Eu coloquei essa moção de repúdio contra a má gestão do estado na área de segurança pública, o que compromete o trabalho dos policiais que vão para as ruas fazer a nossa segurança”, disse.

Carmem também respondeu sobre o fato de solicitar ao Legislativo que encaminhe ao Palácio da Liberdade, tal moção, mesmo sendo uma vereadora de um partido que está na base política do governador Pimentel: “As nossas vidas tem que ter valor, nos temos que pensar nas vidas que estão sendo perdidas”, concluiu.

O vereador Sargento Francisquini (PSDB) entrou em apoio à colega e levantou outra situação desfavorável aos servidores incluindo os que fazem a segurança pública. Segundo ele o parcelamento dos salários, desde março passado, tem causado constrangimento aos militares. “O governo não está fazendo sua parte como deveria e a categoria pede por respeito e dignidade”, disse. Francisquini é militar com 30 anos de carreira.

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