Viagem & Gastronomia

Fotos: Alexandre Miquelete/Última Notícia

Nem a chuvinha que caiu na tarde de ontem (6) em Cocais, Barão de Cocais, conseguiu atrapalhar a alegria dos visitantes que foram até o distrito apreciar a VI Festa da Quitanda e o V Festival da Goiabada que acontece neste final de semana.

Com uma programação animada a festa continua neste domingo, com concurso de quitandas, shows, oficinas culinárias e muita comida boa.

Quem passar por lá poderá experimentar bolos, pães e biscoitos de receitas centenárias e ingredientes típicos da localidade.

Cerca de 12 mil visitantes são esperados no evento. A iniciativa é da Prefeitura de Barão de Cocais e da Emater, que promovem anualmente o concurso de quitandeiros e tem o Senac como parceiro. 

Oficinas gratuitas
Na Festa da Quitanda, interessados poderão participar de cinco oficinas gastronômicas gratuitas do Senac. A especialista em pesquisas gastronômicas da instituição, Vani Pedrosa, explica que essa atividade compõe um dos pilares do Primórdios da Cozinha Mineira, um projeto de extensão da Faculdade Senac que tem a proposta de pesquisar os hábitos alimentares, receitas e ingredientes que eram utilizados há 300 anos, durante o Ciclo do Ouro, na região mineira entre as Serras da Piedade e do Caraça.

O objetivo é estudar a forma como a região desenvolveu a gastronomia ao longo dos anos, o que envolve um trabalho de fundamentação histórica, pesquisa, resgate e retorno desses ingredientes e receitas. Em Barão de Cocais, foram identificadas as farinhas, quitandas e pães típicos.  “Nossos chefs aprendem as técnicas antigas, aprimoram-nas e sugerem uma atualização que respeite a origem e as peculiaridades do produto. Depois compartilham a receita com os produtores locais para que gere renda. Aqui, por exemplo, criamos quitandas que podem ser consumidas por diabéticos, celíacos e pessoas com regimes alimentares para perda de peso. E esse é outro benefício importante, pois estamos abrindo o leque e permitindo que outras pessoas desfrutem o sabor, a memória e a história de Minas Gerais”, avalia a especialista do Senac.