Economia

11/03/2017 FGTS: cuidado com golpes. Saiba como se proteger

O início dos saques das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) fez com que golpistas voltassem a enviar e-mails com informações falsas. Um deles afirma que o trabalhador tem um valor de R$ 3.974,72 disponível para saque e orienta que ele baixe o extrato do FGTS enviado em anexo. A mensagem, porém, é vírus. A Caixa, responsável pelos pagamentos, informa que não nunca manda e-mails com essas mensagens.

Em fevereiro também circulou pela internet um e-mail com um falso calendário de saque do FGTS. Ao clicar no arquivo anexado, o usuário tinha seus dados pessoais roubados .

Desconfie sempre

Para não cair em golpes como esse, especialistas ouvidos pelo UOL recomendam: desconfie sempre. Não acredite em e-mails, SMS e mensagens em aplicativos de conversa (como WhatsApp) que venham com arquivos em anexo ou links, ou peçam para informar dados pessoais. O mesmo vale se receber telefonemas de alguém pedindo informações suas para consultar o saldo do FGTS.

"Na ânsia de saber se vão poder sacar o dinheiro, as pessoas diminuem o cuidado e ficam mais vulneráveis. É justamente aí que os golpes acontecem", afirma Sonia Amaro, supervisora institucional da Proteste, órgão de defesa do consumidor.

Busque os canais oficiais

A melhor solução, segundo Amaro, é buscar informações somente nos canais oficiais fornecidos pela Caixa, como o telefone 0800 726 2017 e o site criado para orientar sobre o saque das contas inativas, que é www.caixa.gov.br/contasinativas.

"No caso da internet, é melhor digitar o endereço completo em vez de utilizar sites de busca, que podem redirecionar o trabalhador para uma página falsa", diz a supervisora da Proteste.

A Caixa ressalta que todas as informações sobre o FGTS estão disponíveis em seu site e nos perfis oficiais do banco no Twitter: @imprensaCAIXA e @CAIXA. Sobre o golpe do calendário falso, a Caixa informou que em hipótese alguma solicita a atualização de dados de seus clientes por e-mail.

Cuidado nas redes sociais

As redes sociais e os aplicativos de mensagem também podem ser usados para aplicar golpes, de acordo com Marcelo Lau, coordenador dos cursos de MBA em gestão de cibersegurança da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista). O Facebook e o WhatsApp oferecem maior risco por terem um grande número de usuários, segundo o especialista.

No caso do Facebook, mensagens privadas ou links --patrocinados ou não-- podem redirecionar o usuário para páginas falsas que roubam dados pessoais, diz Lau. No WhatsApp, mensagens compartilhadas entre grupos e usuários podem conter programas que invadem o celular.

"Muitos usuários dessas plataformas têm o hábito de compartilhar mensagens e links acreditando ser verdade --o que nem sempre é", declara Lau. "Por isso não se deve clicar em links ou executar anexos recebidos, ainda que a pessoa que enviou seja conhecida. O melhor é buscar informação nos canais oficiais.".  (UOL)

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